Bicicleta – mil sensações
bicicleta 15/05/2017,O cheiro do capim-gordura
(texto e fotos por Ernesto Utiyama)
Já faz alguns anos sou ciclista urbano. Há pouco tempo me iniciei como cicloturista. Faz pouco tempo, sim, mas o suficiente para me identificar com essa modalidade do ciclismo e saber que cada pedal nos reserva uma bela surpresa: seja uma paisagem de tirar o fôlego , um banho de bica de água geladíssima , uma comida regional maravilhosa…
E neste último fim de semana, pedalando em grupo rumo a Bertioga, não foi diferente: eram aproximadamente 8:30h. e o grupo havia passado pelo posto da Polícia Rodoviária da Rio- Santos e eu, observador introspectivo que sou, pedalava contemplando toda aquela natureza que parecia fazer questão de se exibir a mim em seus pequenos detalhes.
A luz do Sol ainda incidia lateralmente, fazendo cintilar intensamente as gotículas do orvalho que ainda não havia evaporado. Havia também alguma névoa, devido à evaporação matinal.
Todo esse cenário exalava um odor maravilhoso, inesquecível: O CHEIRO DE CAPIM-GORDURA. Verdade: não sentia esse cheiro há décadas, fui remetido à minha adolescência.
Eu, que costumava dizer que a bike nos permite sentir o vento na cara, ouvir o canto dos pássaros e observar belos pores do Sol, acrescento mais uma : de bike você sente mais cheiros. Cheiros da natureza. Sensações sutis, jamais percebidas do interior do carro, non “conforto ” do ar condicionado.